Como prometido, voou contar a história dos meus dias de emo incomum... Há muito tempo atrás, depois de uma tristeza profunda, decidi virar emo, e me torturar por todas as coisas que já aconteceram. Eu comia cacos de vidro, batia minha cabeça e meus cotovelos nas paredes mofadas de minha humilde moradia, imitava o albino masoquista do Código da Vinci, etc, etc...
Depois de trinta longos minutos, percebi que isso não era ser emo, e sim era dar uma de Anny copista imitando o cara do filme acima, mas enfim...
Cheio de dúvidas de como podia ser um emo, resolvi consultar o Deus Google.
No Google, encontrei um vídeo muuuuito legal, que ensinava o passo a passo de como ser emo. Simplesmente, O MÁXIMO.
Assisti o vídeo várias vezes seguidas, e finalmente consegui o efeito desejado. Achei que mamain ficaria orgulhosa, mas me expulsou de casa. Então decidi morar numa caverna.
Porém, como todos sabem (e se não sabem, DEVIAM saber), é muito difícil encontrar um imóvel cavernoso e arcaico como uma caverna nesses dias onde a tecnologia predomina. Cheguei até a invadir sítios arqueológicos patrimoniais da UNESCO aqui, no Brasil. Mas eles me expulsaram também, jogando maldições e clavas de madeira em mim. Então, resolvi atravessar o Oceano Atlântico a nado para chegar na África e povoar uma de suas cavernas cavernosas.
Chegando na África, o povo foi bastante afetuoso e me acolheu. Mas eu traí o movivento Mama África do Chico César e matei todo mundo, meu.
Fugi rápido para uma caverna no meio da savanna, e lá dentro morava um grupo de culto ao demônio formado por uma girafa, uma zebra, uma hipopótama(uhuuu) e um leão que dançava. Achei familiar... e me juntei a eles. A princípio, eles disseram que não havia mais vagas na banda Culto Demoníaco, mas estranhamentemente (kkkkk) a hipopótama insistiu para que eles me deixassem entrar, então acabei me juntando oficialmente. A girafa tocava bateria, a zebra tocava baixo, a hipopótama usava a guitarra e cantava, enquanto o leão dançava que nem uma galinha voante...
Disseram que eu podia ser o keytarrista, mas eu não sabia que devia apertar as teclinhas, então me ofereceram outro instrumento... O EMOSARTORIALISTHIPER harpa!! Esse sim eu sabia tocar! E muito bem!
Meus dedos fluiam de um lado para o outro do belo instrumento, e as notas ecoavam como pássaros amarelos voando alegremente em um domingo ensolarado por um parque com o gramado recém-aparado completamente verde, enquanto campistas fazem piqueniques. Lindo. Belíssimo.
O(s) problema(s) era(m): aquela caverna era só para treinos, a banda não era tão popular assim e todos estavam com fome. ISSO sim era algo com que se preocupar. O leão dançante olhava maliciosamente para minha barriga avantajada, e a girafa e a hipopótama olhavam para meus belíssimos fios de cabelo imaginando, penso eu, que eram cebolinhas. Oh, Deus. F*deu. Decidi ficar e arriscar minha vidinha inutéél. Logo o pessoal começou a notar meu excesso de auto-confiança, e decidiu que aquilo não era necessariamente "saudável" para o grupo. E me expulsaram.
Tive que passar as noites em claro no meio da savanna por falta de um instrumento emo pra tocar, e de amigos para me acharem apetitoso.
Foi aí que tipo do NADA, apareceu um cara de jaleco branco com óculos e que estava segurando uma sanfona. Antes que eu gritasse que tinha um tarado querendo me agarrar, ele tapou minha boca e começou a falar:
- Olá, querido amiguinho emo perdido. Meu nome é Décio Pinto. Atrás daquela pedra no topo do penhasco está meu irmão, Caio Pinto. Moramos numa vila aqui perto. Que tal se abrigar lá? Minha mamain, Paula Tejando, e meu papain, Tomas Turbando, ficarão muito honrados em lhe abrigar.
Achei que podiam ser meus parentes, por causa de seus nomes ridículos inventados por humoristas de um canal ruim completamente mal-pago. Então segui o homem de jaleco até detrás da enorme pedra circular, que me lembrava um traseiro. Ou um hambúrguer.
Foi aí que ele começou a me mandar fazer umas coisas estranhas, tipo abaixar as calças, botar o dedo indicador da mão direita na boca e o mindinho da esquerda no umbigo e tentar cantar Macarena, enquanto ele tocava sua sanfona. Estranho. Mas fiz mesmo assim.
Estava lá eu, numa pose estranha, quando minha tia Paulinha apareceu. Logo Décio disse:
- Mamamamamainnnnn!
- Oi, bebê.
- Mmamamaminnnn, trouxe o jantar! Quer dizer... pra jantar com a gente, heh.
- Pera!
- ?
- Fiiiii! é o Joinho!
- ?
- O Joinho, é mesmo você!
- É mesmo queeem, mamamins? - disse Décio, zangado e esfomeado.
Eu não me lembrava muito daquela baranga não. Mas minha intuição feminina (uhuuu xD) me alertou que era para fingir que eu me lembrava dela.
- Titia Paulita! Quanto teeemmmpoooo! - falei.
- E não é, Joinho?! Fazem exatamente 13 anos!
- Mamaaaaaainnn! - gritou Décio - Quem diabos é Joinho?!
Paula começou a contar uma história looonga, começando a partir da data em que ela nasceu. Ela contou como ela e sua irmã eram siamesas pela cabeça, mas que fizeram uma cirurgia de separação, onde a maior parte do cérebro foi para ela mesma. E que como elas eram amigonas, dividiam até os namorados, e blá, blá, blá. E como cada uma foi para seu lado, literalmente: Jacinta (minha mamain) permaneceu no Brasil e Paula foi para a África. Até que... Jacinta casou com um cara mooooito desprovido de beleza, mas que era capaz de dar a mortadela de cada dia para ela. E Paula tinha casado com um cara tão hot quanto Voldemuerte, mas ela mesma tinha que lutar por seu pão. Ela continuou falando sobre sua obsessiva inveja da irmã e depois falou do dia em que eu nasci:
- Oh Joinho, você nasceu num domingo ensolarado em que pássaros amarelos voavam alegremente sobre um parque cuja grama estava recém-aparada em que campistas faziam pique-niques.... Foi um dia liiindo! Belíssimo! Mas daí a bruxa da sua mãe esqueceu a piranha de cabelos dela no meu carro (eu levei ela para o hosital), então eu gritei:
- Jacinta! Sua piranha!
E aí ela e o bonitão do velho barrigudo marido dela ficaram com ódio eterno e mortal de mim.
Eu nunca soube da verdade de meu nascimento. Mamain se recusava a dizer e o defunto do meu pai também nunca mais falaria, então fiquei chocado com essa história. Minha primeira reação foi dizer:
- Titia, você tá me sacaneando?!
- Não, não, Joinho!! - disse ela, chocada - Por que eu mentiria para meu querido
- Oh, Joinho... Perdoe-me...
- Nooonca!
E então meu primitcho Décio entrou na conversa:
- Ué, mamis, achei que voxê tivesse dito piranha se referindo a presilha da minha nunca mencionada tia Jacinta!
- O que? Eu não. Queria aquela piranha de cabelo e aquele marido pra mim. Tinha minhas esperanças de que ele acreditaria que aquela mulher suada em trabalho de parto era mesmo uma vagaba. Mas ele nunca me amou. A tia finalmente recobrou a memória, e se jogou da montanha.
- Mamiiiiiisssss!! - gritou Décio, chorando descontroladamente.
- Huh. Levou foi pouco. Vagaba. Biscate. Pu-
Mas aí o meu priminho me meteu um gancho de direita, me fazendo cair do penhasco também. Mas a história de como sobrevivi à queda e como me vinguei dele é outra história... Tchau, seres! Até a próxima!"
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