Jéssica entrara com o intuito de se aproximar mais de Diego e com melhoras físicas em mente, tais como trapos menores e mais furados, mas nada parecia capturar a atenção do jabuticabento ator.
Certo dia, ao apresentar-se no antigo vilarejo Boobscity, Diego teve diarreia. Ele correu para o matinho mais próximo e se enfiou lá. Jéssica prontamente o seguiu, com um sorrisão do tamanho de uma melancia. Lá, ela deu uma boa olhada no físico jabuticabeiro de Diego e murmurava "Velhính!".
Diego, percebendo alarmado esses barulhos muito suspeitos, gritou:
- Quem está aí?!
Jéssica, envergonhada, saiu correndo para a casa mais próxima, sem ligar realmente para onde estava indo.
Quando se enfiou na casa, encontrou um homem, que tomava banho em uma tina. Como boa apreciadora que era, Jéssica, com seus olhos safados que lembravam mouros lascivos, o observou esfregar as costas com uma escova de madeira azul. A pobre garota dos trapos furados não conseguiu conter outros gritinhos de "velhính!", chamando a atenção do homem sem traços de jabuticabas.
- Ai meu Deus! Perdoa-me!
- Não, não. Tudo bem. Isso acontece pelo menos três vezes por mês. Mas geralmente são traficantes russos. Estranho. Chamo-me Oene, um militar, e tu?
Foi atração à primeira vista. Tudo o que Jéssica conseguia pensar era no que havia dentro da água e em progressões geométricas, rapidamente realizando alguns cálculos que só aprendizes de Mulher P.G. conseguiam fazer.
- Sou Jéssica, uma atriz.
- Ah, que lindo nome! Mas então, já que estás aqui, gostarias de tomar um banho comigo?
Jéssica, porém, não era tão atrevida quanto sua companheira de profissão Soraya. Após uma fuga improvisada, resolveu, enfim, voltar para perto do grupo. Ao avistar a carruagem (que também servia como palco de suas apresentações), Diego reclamava furiosamente de que havia sido espionado nas matas. Percebendo a presença de Jéssica, repetiu a absurda história. Para azar da atriz dos furos, o cérebro de Diego não era composto de matéria jabuticabenta como seu corpo. O garoto começara a ligar os pontos: o espião, o repentino desaparecimento da colega...
- Espera aí... Onde estavas este tempo todo, Jéssica?!
- Ah... Eu... Fui tomar banho com meu Oene!
Jéssica deu um sorrisinho e entrou na carruagem, saboreando a semente do ciume que acreditava ter plantado em Diego.
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